Talvez um estudante de filosofia leia "Fragmentos de um Discurso Amoroso", do Roland Barthes, e comece a discorrer longamente sobre a organicidade e a técnica imoritrível do livro, de modo a fazer qualquer aluninha da ciências sociais dar pra ele imediatamente.
Lendo agora esse livro sinto que não é meu caso.
De modo pouco ortodoxo,
criando um frankstein de discursividades,
Barthes deconstrói aquele que ama,
o enamorado e sua eloquência,
em uma dança referencial de falas
e comportamentos.
Torna o gênio romântico do amor,
que embasa o gênio artístico do romântico,
num esquema reconhecível de psicologias,
causas, efeitos,
e discurso.
Não sei como deve ser estudar filosofia e ler esse livro friamente distanciado pela grade currícular. Para os trouxas, como eu, que acabaram de levar um pé na bunda, o livro é um bálsamo para os músculos, que podem agora acreditar que metade do seu sofrimento é hábito histórico, e a outra metade chantagem.
Os amores durante os séculos,
tão originais em sua dor,
virulentos na morte e na paixão,
descontruídos com o sopro leve
de uma bicha esperta.
Um comentário:
Frases longas demais querida...
Postar um comentário